No ano de 2016, em plena crise econômica e institucional no Brasil, foi realizado uma pesquisa com 600 empresas nacionais; 60% delas tinham a intenção de aumentar o quadro de funcionários, 56% delas tentaram e não conseguiram preencher esses novos postos de trabalho, nos últimos meses.
Havia vaga mas não havia mão de obra qualificada para preenchê-las. (Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).
De que adianta ter o melhor produto ou apresentar o melhor serviço, se as pessoas que executam o trabalho, não o fazem com excelência?
As empresas brasileiras produzem muito e tem uma demanda de retrabalho maior ainda, sendo possível afirmar que esta realidade é comum em todos os nichos de mercado.
A falta de mão de obra qualificada compromete não somente cada empresa individual, mas também, a cadeia de desenvolvimento da economia nacional.
Dar a atenção devida à mão de obra pode trazer resultados excelentes e ao mesmo tempo, dar início a implantação de uma nova política empresarial.
De forma simples, a mão de obra qualificada, é composta por profissionais capacitados com curso superior ou técnico, com conhecimento específico e que estão aptas a desempenhar com maestria suas funções.
Amato (2008, p.03), afirma que “A aquisição de conhecimentos tem papel decisivo nas organizações, relacionando-se com o aumento de sua competitividade, a partir do desenvolvimento tecnológico e da maior otimização do capital humano”.
A qualificação da mão de obra é de extrema importância para o sucesso ou fracasso da empresa.
Embora seja de conhecimento geral que os resultados de uma empresa estão diretamente ligados a capacidade dos profissionais envolvidos, são poucas as organizações que priorizam a busca ou aperfeiçoamento do seu quadro de colaboradores.
Algumas empresas acreditam que aprimorar os serviços oferecidos depende unicamente dos colaboradores. Este pensamento é muito prejudicial e perigoso.
Para começar a criar mão de obra qualificada, os gestores devem tirar da cabeça a ideia antiquada de que desperdiçarão recursos financeiros ao investirem no capital humano e que a qualquer momento essas pessoas irão mudar de empresa.
Com o elevado nível de competitividade empresarial, empresas traçam esforços para não perder a sua mão de obra qualificada, algumas até implementando políticas de retenção de mão de obra qualificada.
A fórmula é simples; o crescimento econômico depende do desenvolvimento tecnológico que, por sua vez, exige maior nível de trabalho qualificado.
Isto acontece porque o desenvolvimento tecnológico reduz o número de postos de trabalho de baixo nível de qualificação, requalifica-se uma parte significativa dos empregos já existentes mediante o surgimento de novos empregos mais qualificados.
Daí se percebe a necessidade de se incrementar o percentual da população escolarizada, bem como o seu tempo de permanência no sistema educativo, o que trará efeitos benéficos tanto para a sociedade quanto para os indivíduos. Recursos humanos qualificados se tornam elementos estratégicos, garantindo assim o processo de inovação produtiva e empresarial (LLORENS, 2001).
Fácil, não?
Atualmente as empresas de sucesso têm como grande trunfo a aposta em novos talentos criados “dentro de casa”.
Talentos que tenham a disposição em aprender!
A mão de obra, criada e desenvolvida internamente é mais propensa a aproveitar as oportunidades e obter um resultado melhor.
O empreendedor de visão sabe que os resultados aparecerão a médio e longo prazo.
Esta prática está vigente na sua empresa? Consegue implementá-la?
A hora é agora!